Nos dias 8 e 9/10, a Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE) - Campus II - foi palco do Seminário de Arboviroses da Macrorregião Leste, voltado para preparação de profissionais de saúde e gestores municipais para o enfrentamento das arboviroses durante o próximo período sazonal. Promovido pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Governador Valadares, o evento reuniu gestores, coordenadores de Atenção Primária e Vigilância em Saúde, Vigilância Epidemiológica, médicos, enfermeiros, farmacêuticos, bioquímicos e estudantes de medicina, coordenadores e referências técnicas da SRS Governador Valadares, com ampla participação dos municípios da região.

Seminário Arboviroses - macrorregião de Saúde Leste - Foto: Osias de Oliveira Júnior

A ação faz parte do Programa Estadual de Controle das Arboviroses, que visa fortalecer as redes de assistência e vigilância em saúde no estado de Minas Gerais, e foi motivado pela proximidade do período sazonal, quando há um aumento considerável no número de casos de arboviroses e, consequentemente, nas notificações e óbitos relacionados. 

Os principais temas abordados incluíram o cenário epidemiológico para os anos de 2024 e 2025 em Minas Gerais e do cenário epidemiológico da dengue, chikungunya, zika, além da febre amarela e febre oropouche na macrorregião de Saúde Leste, destacando a necessidade de uma organização estratégica para responder adequadamente às emergências de saúde pública. Entre os tópicos discutidos, foi dado ênfase à atualização dos planos de contingência, e à importância dos comitês municipais de controle das arboviroses. Outras agendas relevantes foram a vigilância de casos e óbitos, o controle vetorial, vigilância laboratorial, comunicação e mobilização social, além do manejo clínico para dengue, chikungunya e oropouche.

Marcela de Oliveira Lenk, enfermeira coordenadora da Atenção Primária à Saúde (APS) do município de Aimorés, declarou que sua experiência no seminário permitiu aprender mais sobre esse assunto tão importante.:“É essencial contarmos com o apoio e o trabalho em equipe, envolvendo agentes de endemias, gestores e a população”, disse a enfermeira. “Juntos podemos divulgar informações cruciais sobre esse período sazonal que se aproxima, para que assim possamos realizar um trabalho mais eficaz e obter uma resposta favorável contra os vírus", ressaltou.

Seminário Arboviroses - macrorregião de Saúde Leste - Foto: Osias de Oliveira Júnior

Ivan Ferreira, coordenador de Ações Políticas e Vigilância em Saúde de Resplendor, destacou sua satisfação com o evento. "O seminário foi de grande valia, pois foi possível adquirir conhecimentos  e estratégias de ações valiosas para podermos implementar nos municípios. Nesse sentido, é de suma importância que a gente consiga evitar e prevenir a proliferação e casos graves de arboviroses em nossa região”, concluiu.

Deisiany Torres, médica da Atenção Primária à Saúde (APS) de Sobrália, relatou que o encontro superou suas expectativas. "Gostei muito de participar do seminário, pois foi de grande aproveitamento todo o conteúdo apresentado, desde atualizações até o manejo do enfrentamento para o próximo período sazonal.” A médica ainda complementou que "é de grande importância estar sempre nos atualizando sobre esse assunto, principalmente para nos prepararmos para o período que iremos enfrentar.”

Os resultados esperados com o evento realizado incluem o fortalecimento das estratégias de prevenção e controle dessas arboviroses, além da diminuição no número de casos e óbitos em todo o estado

Para o dirigente regional da SRS Governador Valadares, Romulo Gusmão, o evento se posiciona como uma agenda das mais relevantes ao território, pois lidar com o contexto das arboviroses, por natureza, multifatorial, é essencial, nesse período do ano. “Trabalhar a potencialização do espaço de governança das arboviroses em nível local é uma responsabilidade do gestor municipal, que deve liderar, com sua equipe, um complexo de tarefas que envolvem não somente as medidas de prevenção primária - como o controle vetorial, a vacinação, a mobilização social, a vigilância dos casos - como também, toda a organização de uma rede efetiva no campo da assistência, desde a Atenção Primária até a Atenção Hospitalar, sem perder de vista, sistemas logísticos e de apoio”, disse o dirigente..”É preciso, portanto, harmonizar e calibrar papeis, responsabilidades e processos de trabalho, para fazermos dar certo, na prática, a integralidade do cuidado. Essa tem sido a preocupação do governo do Estado, e portanto, o nosso foco, ao desenvolver iniciativas dessa natureza na região”, completou Rômulo.

Por Geovana Ferreira - estagiária sob supervisão