A Influenza (gripe) é uma infecção viral aguda, que afeta o sistema respiratório e é de alta transmissibilidade. É causada pelos tipos A, B, C e D, do vírus, sendo os tipos A e B responsáveis por epidemias sazonais. A vacinação anual contra a Influenza foi incorporada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 1999, com o propósito de reduzir internações, complicações e óbitos na população-alvo. Os casos podem variar de quadros leves a graves, e até mesmo levar a óbito.
O Governo de Minas fez um investimento quatro vezes maior nas UPAs para enfrentar o período sazonal de doenças respiratórias, mais comuns nessa época do ano. Mas a gente também precisa fazer a nossa parte. Consulte o calendário de vacinação da sua cidade e vacine-se. A vacina é segura, gratuita e evita casos graves da doença. Por isso, procure uma Unidade Básica de Saúde, leve seu cartão de vacinação e fique em dia com a sua saúde: a vacina contra Influenza foi ampliada a todas as pessoas com mais de 6 (seis) meses de idade!
SPOT DE ÁUDIO:
Os direitos autorais do arquivo acima tem validade até o dia 30 de junho de 2023. Depois dessa data, fica proibida a divulgação deste conteúdo em quaisquer meios. Ainda é vedada a alteração, edição ou reprodução parcial do mesmo. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais não se responsabiliza pelo descumprimento destas orientações. Medidas cabíveis poderão ser adotadas, caso necessário.
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A vacinação contra a Influenza é uma das medidas de prevenção mais importantes para proteger contra a doença, suas complicações e óbitos, além de contribuir para a redução da circulação viral na população, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco.
Os grupos prioritários definidos para a campanha de vacinação são:
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Crianças (6 meses a menores de 6 anos);
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Gestantes e puérperas;
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Trabalhadores de saúde;
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Povos indígenas;
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Quilombolas;
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Professores;
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Pessoas com comorbidades;
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Pessoas com deficiência permanente (de 6 anos a 59 anos);
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Caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso;
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Trabalhadores Portuários;
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Forças de segurança, salvamento e Forças Armadas;
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Pessoas em situação de rua;
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População privada de liberdade e funcionários do sistema de privação de liberdade;
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Adolescentes menores de 18 anos sob medidas socioeducativas.
Conforme orientação do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, através de nota técnica divulgada em 12 de maio, a SES-MG passou a recomendar a todos os municípios mineiros a ampliação da oferta da vacina Influenza a toda a população não vacinada a partir de 6 meses de idade.
A vacina contra Influenza pode ser administrada, na mesma ocasião, com outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, inclusive a vacina contra a covid-19.
TRANSMISSÃO:
A transmissão ocorre principalmente de pessoa para pessoa, por meio de gotículas respiratórias produzidas por tosse, espirros ou fala da pessoa infectada para uma pessoa suscetível.
SINTOMAS:
Os principais sintomas da gripe são: febre, dor no corpo, dor de garganta, tosse e dor de cabeça.
Qual a diferença entre Gripe e Resfriado?
A principal diferença entre a gripe e o resfriado é a intensidade de seus sintomas e, de forma mais técnica, o local afetado das vias respiratórias. De modo geral, na gripe os sintomas são mais intensos e no resfriado são mais leves e têm uma menor duração.
Possíveis complicações da Gripe (Influenza)
As situações reconhecidamente de risco incluem doença pulmonar crônica (asma e doença pulmonar obstrutiva crônica – DPOC), cardiopatias (insuficiência cardíaca crônica), doença metabólica crônica (diabetes, por exemplo), imunodeficiência ou imunodepressão, gravidez, doença crônica renal e hemoglobinopatias. As complicações são mais comuns em idosos e indivíduos com comorbidades. As mais frequentes são as pneumonias bacterianas secundárias, sendo provocadas pelos seguintes agentes: Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus ssp e Haemophillus influenzae.
Uma complicação incomum, e muito grave, é a pneumonia viral primária pelo vírus da influenza. Nos imunocomprometidos, o quadro clínico é geralmente mais arrastado e, muitas vezes, mais grave. Gestantes com quadro de influenza no segundo ou terceiro trimestre da gravidez estão mais propensas à internação hospitalar.
COMO SE PREVENIR:
A vacinação contra a influenza é uma das medidas de prevenção mais importantes para proteger contra a doença, suas complicações e óbitos, além de contribuir para a redução da circulação viral na população, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco.
Orienta-se ainda a adoção de outras medidas gerais de prevenção para toda a população. Tais medidas são comprovadamente eficazes na redução do risco de adquirir ou transmitir doenças respiratórias, especialmente as de grande infectividade, como o vírus da gripe e do coronavírus, embora não substituam vacina:
- Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel, principalmente antes de consumir algum alimento;
- Utilize lenço descartável para higiene nasal;
- Cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir;
- Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- Mantenha os ambientes bem ventilados;
- Evite contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
- Evite aglomerações e ambientes fechados (procure manter os ambientes ventilados);
- Adote hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
ATENÇÃO!
Procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima caso apresente algum desses sintomas: dificuldade para respirar, lábios com coloração azulada ou roxeada, dor ou pressão abdominal ou no peito, tontura ou vertigem, vomito persistente, convulsão.
Quais os grupos que apresentam condições e fatores de risco para complicações, com indicação de tratamento?
- Grávidas em qualquer idade gestacional;
- Puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal);
- Adultos com 60 anos ou mais;
- Crianças com menos de6 anos (sendo que o maior risco de hospitalização é em menores de 2 anos, especialmente as menores de 6 meses com maior taxa de mortalidade);
- População indígena aldeada ou com dificuldade de acesso;
- Pneumopatias (incluindo asma);
- Cardiovasculopatias (excluindo hipertensão arterial sistêmica);
- Nefropatias;
- Hepatopatias;
- Doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme);
- Distúrbios metabólicos (incluindo diabetes mellitus);
- Transtornos neurológicos que podem comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração (disfunção cognitiva, lesões medulares, epilepsia, paralisia cerebral, Síndrome de Down, atraso de desenvolvimento, AVC ou doenças neuromusculares);
- Imunossupressão (incluindo medicamentosa ou pelo vírus da imunodeficiência humana);
- Obesidade (Índice de Massa Corporal – IMC ≥ 40 em adultos);
- Indivíduos menores de 19 anos de idade em uso prolongado com ácido acetilsalicílico (risco de Síndrome de Reye).
O que as gestantes e puérperas precisam saber?
As gestantes devem se vacinar em qualquer idade gestacional por apresentarem maior risco de doenças graves e complicações causadas pela influenza. Para este grupo não haverá exigência quanto à comprovação da situação gestacional, sendo suficiente para a vacinação que a própria mulher afirme o seu estado de gravidez.
Além das gestantes, todas as mulheres no período até 45 dias após o parto (puéperas) estão incluídas no grupo alvo de vacinação. Para isso, deverão apresentar documento que comprove o puerpério (certidão de nascimento, cartão da gestante, documento do hospital onde ocorreu o parto, entre outros) durante o período de vacinação.
Como será o esquema de doses para crianças?
Todas as crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias) que receberam pelo menos uma dose da vacina influenza sazonal em anos anteriores, devem receber apenas uma dose em 2023. Para a população indígena, a vacina está indicada para as crianças de 6 meses a menores de nove anos de idade.
Há alguma contraindicação para esta vacina?
A vacina é contraindicada para crianças menores de 6 meses de idade e pessoas com história de anafilaxia a doses anteriores apresentam contraindicação a doses subsequentes.
Quais as diferenças entre os vírus H1N1, H3N2 e tipo B?
Atualmente, são conhecidos três tipos de vírus influenza: A, B e C. Os dois primeiros são mais propícios a provocar epidemias sazonais em diversas localidades do mundo, enquanto o último costuma provocar alguns casos mais leves.
O tipo A da influenza é classificado em subtipos, como o A (H1N1) e o A (H3N2). Já o tipo B é dividido em duas linhagens: Victoria e Yamagata. Embora possuam diferenças genéticas, todos os tipos podem provocar sintomas parecidos, como febre alta, tosse, garganta inflamada, dores de cabeça, no corpo e nas articulações, calafrios e fadiga.
O vírus H3N2 é uma variante do vírus Influenza A, que é um dos principais responsáveis pela gripe comum e pelos resfriados, sendo facilmente transmitido entre pessoas por meio de gotículas liberadas no ar quando a pessoa gripada tosse ou espirra.