O Governo de Minas, por meio das Secretarias de Estado de Saúde (SES-MG) e de Educação (SEE), realizou, nesta terça-feira (5/11), ação de vacinação na Escola Estadual Afonso Pena, em Belo Horizonte. 

A iniciativa é parte da Campanha Estadual de Multivacinação, que visa atualizar o cartão vacinal das crianças e adolescentes mineiros de até 15 anos de idade, em conformidade com o Calendário Nacional de Vacinação, e aumentar as coberturas vacinais para reduzir o risco de introdução ou disseminação de doenças imunopreveníveis no estado.

De acordo com o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, a ação conjunta entre as duas pastas é para, além de incentivar a vacinação em crianças e adolescentes, formar futuros adultos conscientes da necessidade de imunizar seus filhos.

“Estamos em uma escola com uma geração de crianças que, felizmente, não presenciou muitas das doenças imunopreveníveis, como a poliomielite, que hoje já está fora do nosso cenário epidemiológico. Por isso, reforçamos a importância das vacinas, que de fato protegem e salvam vidas. E falamos, inclusive, de imunizantes mais recentes, como o contra o HPV, terceira causa de câncer entre as mulheres”, afirmou.

Para o secretário de Estado de Educação, Igor de Alvarenga, a Educação vem para somar neste trabalho realizado pela SES-MG. "É fundamental trazer a educação para o centro da campanha de vacinação, pois as escolas desempenham um papel importante na conscientização de crianças e adolescentes sobre a importância da vacina. Essa informação precisa também chegar aos pais, estimulando a discussão em casa e nas comunidades", comenta.

A campanha contará ainda com um Dia D de mobilização estadual, que será em 23 de novembro.

Para a realização da campanha, a SES-MG distribuiu mais de 1,9 milhão de doses de imunizantes. Entre as vacinas disponibilizadas estão a tríplice viral, hepatite B, papilomavírus humano (HPV), hepatite A, rotavírus humano, meningocócica ACWY, meningocócica C, pneumocócica, pentavalente, febre amarela, poliomielite e covid.

A vacina contra varicela, embora faça parte do calendário de rotina desse público, no momento não está disponível em Minas Gerais devido ao envio insuficiente de doses pelo Ministério da Saúde (MS). Entretanto, de acordo com Fábio Baccheretti, a expectativa é de que chegue nova remessa de doses do imunizante nos próximos meses.

“Tivemos dificuldades no fornecimento do imunizante contra a varicela, que ainda está indisponível. Temos a expectativa de receber uma remessa nos próximos meses, a partir da compra já realizada pelo Ministério da saúde”, explica.

O secretário também salientou que espera-se ampliar a vacinação contra a dengue, com possíveis novas remessas a partir do próximo ano. Mas Baccheretti alerta para a necessidade de se manter as medidas de prevenção ao Aedes aegypti, visto que os resultados da imunização serão percebidos de forma mais evidente daqui a alguns anos.

“Não podemos pensar que essas vacinas serão para o próximo ciclo de dengue, até porque já estamos no período chuvoso. Essa imunização terá seu efeito mais evidenciado daqui a quatro ou cinco anos, quando tivermos a maior parte da população vacinada. Por isso, até lá as medidas de prevenção ao Aedes precisam ser mantidas”, alerta.

Programa Mineiro de Imunizações

A fim de implementar e monitorar as ações de imunização e suas estratégias no estado, a Comissão Intergestores Bipartite do Sistema Único de Saúde em Minas Gerais (CIB-SUS-MG), aprovou, em setembro de 2024, o Programa Mineiro de Imunizações (PMI).

Alinhado ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), o PMI é uma iniciativa inédita em Minas Gerais e delimita de forma clara as atribuições do Estado e dos municípios, o financiamento e as prioridades para a vacinação no território.

Investimentos

Para seguir ampliando as coberturas vacinais no estado, a SES-MG atua em duas frentes. A primeira estratégia é o incentivo ao aumento das coberturas vacinais e à vacinação extramuros. Desde 2023, foram investidos R$165 milhões para que os municípios avancem nas coberturas vacinais e realizem a vacinação em escolas e creches.

A segunda estratégia são os vacimóveis, veículos equipados para funcionar como unidades itinerantes de vacinação. Com investimentos de mais de R$100 milhões do Governo de Minas, 77 municípios receberam recursos para adquirir esses veículos, e os demais municípios serão atendidos por meio de 51 Consórcios Intermunicipais de Saúde. Até o momento, 123 vacimóveis já foram entregues. 

“Ações como a vacinação extramuros, como essa na escola Afonso Pena, e também os vacimóveis, que vão atender todos os municípios do estado, já vêm surtindo um efeito bastante positivo nas coberturas. Então todo esse esforço está trazendo resultados e cada vez mais mineiros estão sendo imunizados”, concluiu Fábio Baccheretti.

Coberturas vacinais em Minas Gerais

Segundo a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), Minas Gerais vem registrando importantes avanços nas coberturas vacinais. 

A cobertura da meningocócica C, que estava em 97,05% em 2023, aumentou, de janeiro a setembro de 2024, para 104,15%, ultrapassando a meta de 95% preconizada pelo Ministério da Saúde (MS). 

Já no caso da tríplice viral, o índice, que era de 90,11% para a primeira dose (D1) e

74,31% para a segunda dose (D2) em 2023, aumentou para 106,19% (D1) e 81,69% (D2), em 2024 (janeiro a setembro).

Logo nos primeiros dias de vida, o imunizante BCG inaugurou o cartão de vacinas de Maria Clara, de 9 meses, nascida em Belo Horizonte. A mãe, Danielle Deodoro, mantém as doses em dia, seguindo as datas das próximas aplicações informadas pelo pediatra da filha e também sinalizadas pela enfermeira do posto de saúde, que registra tudo no cartão de vacinas.

Para garantir a atualização do cartão da Maria Clara e de todas as crianças e adolescentes mineiros menores de 15 anos, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) realiza, entre os dias 4 e 29 de novembro, a Campanha Estadual de Multivacinação.

De acordo com o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi, a campanha, que contará ainda com o dia D em 23 de novembro, é uma estratégia fundamental para aumentar as coberturas vacinais no estado.

“Foram distribuídas mais de 1,9 milhão de doses de imunizantes indicados para o público elegível. Dessa forma, quem não tiver registrado, por qualquer motivo, as doses administradas de acordo com o calendário nacional, poderá atualizar o documento vacinal”, orienta.

Entre as vacinas disponibilizadas estão a tríplice viral, hepatite B, papilomavírus humano (HPV), hepatite A, rotavírus humano, meningocócica ACWY, meningocócica C, pneumocócica, pentavalente, febre amarela, poliomielite e covid.

Divulgação e planejamento

Gláucia Magda Barbosa, enfermeira do Centro de Saúde Conjunto Santa Maria, no bairro São Bento, em Belo Horizonte, explica como a unidade se prepara para a Campanha Estadual de Multivacinação.

“Reforçamos a divulgação das datas e das informações relacionadas à campanha por meio dos agentes comunitários de saúde, além da comunicação interna realizada na unidade, junto aos usuários que nos visitam”, conta ela. 

“Nosso objetivo é que pais, mães e responsáveis possam se organizar para trazer suas crianças e adolescentes ao centro de saúde que já está preparado para recebê-los”, reforça a enfermeira.

Coberturas vacinais em Minas Gerais

Segundo a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), Minas Gerais vem registrando importantes avanços no alcance vacinal. 

A cobertura da meningocócica C, que estava em 97,05% em 2023, aumentou, de janeiro a setembro de 2024, para 104,15%, ultrapassando a meta de 95% preconizada pelo Ministério da Saúde (MS). 

Já no caso da tríplice viral, o índice, que era de 90,11% para a primeira dose (D1) e 74,31% para a segunda dose (D2) em 2023, aumentou para 106,19% (D1) e 81,69% (D2), em 2024 (janeiro a setembro).

A coordenadora Estadual do Programa de Imunização, Josianne Dias Gusmão, também ressalta a importância do engajamento de todo o público elegível, para que o estado aumente as coberturas de vacinas como da febre amarela, por exemplo. 

Atualmente, esse imunizante registra o alcance de 87,51% em menores de 1 ano, índice muito abaixo da meta recomendada pelo MS, que é de  95%.

“A imunização é uma das medidas mais importantes de prevenção a doenças e a falta do documento vacinal não é impedimento para que os usuários se vacinem. É só procurar a unidade de saúde mais próxima, com o documento de identidade. Inclusive, pais e responsáveis também podem aproveitar o momento para atualizar seu próprio cartão”, esclarece a coordenadora.

Para a mãe da Maria Clara, não há razão para não imunizar a filha. “As vacinas estão disponíveis no centro de saúde e é sempre bom contar com a avaliação que o profissional faz no cartão de vacina da minha filha. Isso garante que Maria Clara esteja protegida com as doses indicadas para a idade dela”, reitera Danielle Deodoro.

Investimentos

Para aumentar as coberturas vacinais no estado, a SES-MG atua em duas frentes por meio do Programa Vacina Mais Minas. A primeira estratégia é o incentivo à vacinação extramuros. Desde 2023, foram investidos R$165 milhões para que os municípios realizem a vacinação fora das salas de vacina, como em escolas, para aumentar a cobertura vacinal.

A segunda estratégia são os vacimóveis, veículos equipados para funcionar como unidades itinerantes de vacinação. Com investimentos de mais de R$100 milhões do Governo de Minas, 77 municípios receberam recursos para adquirir esses veículos, e os demais municípios serão atendidos por meio de 51 Consórcios Intermunicipais de Saúde. Até o momento, 123 vacimóveis já foram entregues. 

“A SES-MG se empenhou ao máximo para garantir as doses e planejar a campanha. Agora, é a vez dos responsáveis fazerem sua parte e levarem suas crianças e adolescentes até a UBS mais próxima para se vacinarem”, convoca o subsecretário Eduardo Prosdocimi.

O vice-governador, Professor Mateus, anunciou, nesta quarta-feira (30/10), o pagamento das três últimas parcelas previstas para 2024 do Acordo do Fundo Estadual de Saúde (FES), feito com a Associação Mineira de Municípios (AMM), num total de R$165 milhões, referentes aos meses de outubro, novembro e dezembro.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) deu início, nesta segunda-feira (21/10), à distribuição de 1.947.000 doses de imunizantes para a Campanha Estadual de Multivacinação, que acontecerá entre os dias 4 e 29 de novembro.

O estado, que já tinha em estoque 1.253.000 doses, recebeu mais 694 mil, enviadas pelo Ministério da Saúde (MS). De acordo com o subsecretário de Vigilância Epidemiológica da SES-MG, Eduardo Prosdocimi, esses imunizantes começaram a chegar a Minas Gerais em 12 de setembro, com a última remessa recebida em 16 de outubro. 

“Para melhor preservação dos imunobiológicos, todas as vacinas são acondicionadas, conferidas e separadas na Central Estadual de Rede de Frio antes do envio para as Unidades Regionais de Saúde, conforme solicitação das regionais/municípios”, explica.

O público-alvo da campanha são crianças e adolescentes menores de 15 anos. Dentre os imunizantes disponibilizados, estão as vacinas  tríplice viral, hepatite B, papilomavírus humano (HPV), contra hepatite A, rotavírus humano, meningocócica ACWY, meningocócica C, pneumocócica,  pentavalente, contra febre amarela e contra poliomielite.

As vacinas contra a covid-19 e varicela, embora façam parte do calendário vacinal de rotina desse público, não estão disponíveis em Minas Gerais devido ao envio insuficiente de doses pelo Ministério da Saúde (MS), responsável pela aquisição e distribuição dos imunobiológicos aos estados. Já a tríplice bacteriana (DTP), que também está indisponível, será substituída pela pentavalente, conforme orientação do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

As demais vacinas serão distribuídas em quantidade suficiente para a execução completa da Campanha Estadual de Multivacinação.

“No que se refere à imunização, novembro será um mês importante para Minas Gerais e queremos, com essa Campanha de Multivacinação, fazer um grande movimento no estado para avançarmos cada vez mais no aumento das coberturas”, destaca Eduardo Prosdocimi. 

Gestores e conselheiros municipais de saúde do território da macrorregião de Saúde Sudeste tiveram a oportunidade de participar de um webinário que abordou a importância dos instrumentos de planejamento no SUS, no dia 13/11.O evento foi promovido em parceria entre a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Juiz de Fora e o Ministério da Saúde (MS).

O planejamento é baseado nas necessidades das pessoas que vivem numa determinada cidade. Com base nessa realidade é que se pode estabelecer acesso a serviços e programas públicos de saúde.

O webinário foi ministrado pelo coordenador de gestão dos instrumentos de planejamento no SUS, do Ministério da Saúde, Dorian Chim Smarzaro, e teve como foco os prazos, entregas e responsabilidades do gestor municipal e dos conselhos municipais de saúde.

Para o coordenador, planejamento no SUS é importante para sair de uma situação indesejada e mudar para outra mais adequada. “Um exemplo disso é um município que está vivendo muitos casos de sífilis congênita e então busca-se reduzir o número de casos. O planejamento para isso começaria desde a captação das gestantes para o pré-natal para que se consiga o resultado esperado”, explica Doriam Smarzaro.

Para que o planejamento tenha efeito, os instrumentos precisam ser implementados. São eles: plano de saúde (iniciativas em saúde da união, estados e municípios); plano plurianual (planejamento municipal que abrange todas as áreas, inclusive a saúde); lei orçamentária anual; programação anual de saúde; relatório detalhado do quadrimestre anterior e relatório de gestão.

Doriam Chim Zmarzaro defendeu que a efetividade do SUS depende da correta utilização dos instrumentos de gestão. “O planejamento é uma função essencial. Deve ser participativo, reunindo diversos segmentos sociais para avaliar a situação de saúde e propor diretrizes”, reforçou o coordenador.

A referência técnica da coordenação de regionalização, Diogo Mancine, ressaltou a importância da realização de capacitações para conselheiros e gestores municipais de saúde. “Esse tipo de capacitação pode ajudar a promover o conhecimento e o uso adequado dos instrumentos de planejamento no SUS”, reiterou.

Os municípios de Riacho dos Machados, Novorizonte e Ponto Chique, integrantes da área de atuação da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros e da Gerência Regional de Saúde (GRS) de Pirapora, respectivamente, estão sendo contemplados pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) com a disponibilização de R$ 914,4 mil para a compra de veículos para o transporte eletivo de pacientes. O repasse dos recursos estão previstos nas Resoluções 9.797 e 9.805 publicadas no dia 5 de novembro.

Para cada localidade o investimento previsto é da ordem de R$ 304,8 mil destinado à compra de veículo com capacidade mínima de dez passageiros e acessibilidade a cadeirante. Ao todo, as duas resoluções contemplam 34 municípios, com investimento superior a R$ 10,2 milhões.

Os valores serão repassados pela SES-MG aos fundos municipais de saúde depois que os gestores formalizarem assinatura de termo de compromisso e providenciarem a atualização de documentos no Cadastro Geral de Convenentes (Cagec), especificamente no que se refere ao funcionamento do Fundo e Conselho Municipais de Saúde, além da elaboração do Plano Municipal de Saúde.

Em setembro deste ano, 65 municípios do Norte de Minas, que participam de sete consórcios intermunicipais de saúde, foram contemplados pela SES-MG com a disponibilização de R$ 23,8 milhões destinados à compra de 39 micro-ônibus para o transporte de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Os recursos estão previstos na Deliberação 4.898, da Comissão Intergestores Bipartite do SUS (CIB-SUS) e na Resolução 9.737, publicadas no dia 27 de setembro.

O coordenador de Acesso e Serviços de Saúde da SRS Montes Claros, Cleiton Francis Carnielle, avalia que “os investimentos na melhoria e ampliação da frota de transporte eletivo em saúde beneficia diretamente os usuários do SUS que precisam de apoio dos municípios, por questões financeiras ou de logística, para terem acesso a tratamentos e exames especializados, executados por instituições localizadas longe do seu município de residência. Indiretamente toda a rede de assistência acaba sendo beneficiada quando o paciente tem a condição de chegar à unidade de saúde em que ele receberá o atendimento necessário”.

A Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG) divulgou hoje, 19/11, a lista dos profissionais de saúde selecionados para realização do curso Tratamento para Cessação do Tabagismo. Entre 29 municípios da área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Juiz de Fora foram selecionados 138 profissionais de saúde.

Segundo a ESP, o curso é voltado para profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) habilitados para oferta do tratamento do tabagismo, que tenham nível superior nas seguintes formações: médico, enfermeiro, psicólogo, nutricionista, farmacêutico, fisioterapeuta, assistente social, educador físico, terapeuta ocupacional, odontólogo ou fonoaudiólogo.

O município de Bocaina de Minas, com pouco mais de 5 mil habitantes, terá uma representante. A coordenadora de Vigilância em Saúde do município, Monique Camargo, acredita que será uma oportunidade para implementação de um grupo de tratamento de tabagismo. “Já estava nos planos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) criar um grupo. Agora, com o curso, vai nos ajudar demais”, detalha Monique.

A coordenadora ainda acrescenta que “alguns pacientes já fazem acompanhamento, mas de forma individual, com a psicóloga”, afirma.

O curso

O curso terá carga horária de 72 horas divididas em três módulos.  E o início das aulas da primeira turma, no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), está previsto para 21/11.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a qualidade de vida melhora muito ao parar de fumar. Os benefícios de parar de fumar chegam em poucos minutos:

• Após 20 minutos, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal.

• Após 2 horas, não há mais nicotina circulando no sangue.

• Após 8 horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza.

• Após 12 a 24 horas, os pulmões já funcionam melhor.

• Após 2 dias, o olfato já percebe melhor os cheiros e o paladar já degusta melhor a comida.

• Após 3 semanas, a respiração se torna mais fácil e a circulação melhora.

• Após 1 ano, o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade.

• Após 10 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram.

• Quanto mais cedo você parar de fumar, menor o risco de adoecer.

A lista completa dos profissionais selecionados pode ser conferida no link: 

https://drive.google.com/file/d/1Feuos6zNk_AAtiVM_illla_lwOvLDTDp/view

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde, e, em parceria com o Ministério da Saúde, realiza de 18 a 21 de novembro, em Belo Horizonte, as oficinas Novas Tecnologias para Controle Vetorial e Estratificação de Risco e Organização da Rede Assistencial para Enfrentamento das Arboviroses. 

As oficinas buscam capacitar a rede assistencial para a organização de serviços de enfrentamento às arboviroses e capacitar os gestores e demais profissionais da saúde do estado e dos municípios mineiros em metodologia de estratificação de risco para arboviroses e na execução de novas tecnologias para controle vetorial. Esses temas são prioritários no Plano de Ação para o Enfrentamento do Período Epidêmico 2024/2025.

A diretora de Vigilância de Doenças Transmissíveis e Imunização da SES-MG, Marcela Lencine Ferraz, explica que a pasta vem continuamente trabalhando temáticas de preparação para o próximo período sazonal nos territórios. 

“Estamos fazendo um grande movimento com os nossos seminários macrorregionais, nos quais temos a oportunidade de debater temas que são fundamentais, além do próprio manejo clínico, que é importantíssimo para o período sazonal”, destaca. 

“Além de discutir as novas tecnologias que estão disponíveis para as ações de enfrentamentos às arboviroses, estamos tratando da estratificação de risco, que vai nos permitir priorizar aquelas áreas que são mais críticas nos territórios e, assim, direcionar melhor a nossa atuação”, salienta.

Durante os quatro dias, a programação conta com a participação de representantes da Assistência à Saúde, do Controle Vetorial e da Epidemiologia de 27 municípios mineiros, distribuídos em 15 Unidades Regionais de Saúde (URS), num total de 115 participantes, divididos em duas turmas, sendo dois dias de oficinas para cada uma delas.

A coordenadora de Epidemiologia da Regional de Ituiutaba, Valdimary de Souza Santos, participa da primeira turma. 

“A proposta da oficina traz grandes desafios, mas também uma perspectiva bem interessante para o território, levando em consideração as últimas epidemias”, pontua.

“Uma das orientações da oficina é a disseminação do conhecimento. Então será fundamental reproduzir nos territórios o que aprendemos aqui, num trabalho conjunto com os municípios da nossa área de atuação”, ressalta Valdimary.

No Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado nesta quarta-feira (20/11), o Governo de Minas reforça a importância da representatividade no Sistema Único de Saúde (SUS). A participação das pessoas pretas e pardas na construção de políticas de saúde e na gestão dos serviços é fundamental para definir ações específicas para essa população.

Para garantir o acesso aos serviços de saúde, de forma a melhorar as condições de vida, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) recorre ao diálogo e à cooperação com diversos setores da sociedade civil por meio do Comitê Técnico de Saúde Integral da População Negra, instituído em 2016, para auxiliar e monitorar a implementação das ações de saúde da comunidade. 

Segundo Joseane Carvalho, referência técnica na Saúde Indígena e Políticas de Promoção da Equidade em Saúde da SES-MG, a participação do povo negro nesses espaços consultivos do SUS é um dos instrumentos para enfrentar o racismo institucional e a discriminação nas instituições e serviços.

“A atuação das pessoas pretas e pardas na construção de políticas de saúde e na gestão dos serviços é importante para definir ações específicas para essa população e qualificar a organização dos processos de trabalho das equipes ”, explica.

Em construção conjunta com o Comitê, o Governo de Minas publicou, em dezembro de 2022, a Política Estadual de Saúde Integral da População Negra e Quilombola no âmbito do SUS, que estabelece ações e ferramentas para fomentar a equidade racial no serviço público de saúde estadual.

A Política está disponível em https://www.saude.mg.gov.br/images/documentos/Del%203991%20-%20SUBPAS_SAPS_DPS%20-%20Sa%C3%BAde%20Pop%20Negra.pdf. 

Determinantes sociais

Dados dos Sistemas de Informação do SUS mostram que algumas doenças, como hipertensão, diabetes, doença falciforme e outras condições de saúde, são mais prevalentes entre pretos e pardos. 

“Quando trabalhamos todos os processos de saúde, avaliando os dados epidemiológicos e assistenciais, fica evidente o quanto a população negra tem uma maior dificuldade aos serviços, assim como apresentam dados de morbi-mortalidade muito específicos”, explica Joseane Carvalho.

Para ela, é crucial que haja um esforço contínuo para  garantir o acesso equânime. Josiane exemplifica que, estatisticamente, gestantes negras têm acesso a menos consultas de pré-natal do que as demais. 

“Também observamos uma incidência maior de complicações na gravidez e um maior risco de mortalidade materna em mulheres negras, em comparação com outros recortes de raça/cor e etnia”, complementa.

“Por isso, além desse passo de construção social com participação da população em espaços consultivos e deliberativos do SUS, trabalhamos de forma intra e intersetorial”, afirma. 

“Todas as áreas técnicas da SES-MG, bem como de outras secretarias, compõe esse Comitê e tudo que foi planejado e consta da Política Estadual permeia os planos das áreas de forma que todos os planejamentos e ofertas, da atenção primária até a hospitalar, considerem as especificidades de determinadas populações pretas e pardas na organização dos serviços”, conclui.

Até 18/11, Minas Gerais registrou 1.689.046 casos prováveis (casos notificados, exceto os descartados) de dengue. Desse total, 1.340.980 casos foram confirmados para a doença. Até o momento, há 1.091 óbitos confirmados por dengue no estado e 396 estão em investigação.

Em relação à febre Chikungunya, foram registrados 164.151 casos prováveis da doença, dos quais 142.878 foram confirmados. Até o momento, 119 óbitos foram confirmados por Chikungunya em Minas Gerais e 28 estão em investigação.

Quanto ao vírus Zika, até o momento, foram registrados 188 casos prováveis. Foram confirmados 42 casos da doença. Não há óbitos confirmados ou em investigação por Zika em Minas Gerais.

» Clique aqui e confira o Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos casos de Dengue, Chikungunya e Zika Vírus da SES-MG (atualizado em 18/11/2024).

Os operadores da Central Regional de Regulação Assistencial (CRRA) da macrorregião de Saúde Sudeste receberam um treinamento, nos dias 12 e 14 de novembro, com o objetivo de aperfeiçoar a adequada regulação de pacientes no tempo oportuno. Ou seja, conseguir encaminhar um paciente para o hospital e leito que irão dar o suporte que o paciente necessita. O treinamento foi oferecido pela coordenação de Acesso a Serviços de Saúde (Cases), da Superintendência Regional de Saúde de Juiz de Fora, em parceria com a Coordenação da Central Regional de Regulação.

Para a coordenadora da Cases, Pollyana Bispo, não basta conseguir uma vaga para o paciente. “A ideia é que a Central de Regulação consiga buscar a vaga mais adequada para aquele paciente, de forma precisa, e no menor tempo possível”, esclarece.

Dessa forma, o treinamento poderá facilitar o atendimento de pacientes, já que o foco é que eles tenham um encaminhamento qualificado sem que isso resulte em demora.

A Central Regional de Regulação fica instalada no município de Juiz de Fora e é responsável por encaminhar pacientes de toda a macrorregião de Saúde Sudeste. O município de Juiz de Fora, no entanto, tem uma regulação assistencial própria, responsável por gerir os encaminhamentos dentro de seu território.

Segundo a coordenadora da Central Regional de Regulação, Ana Luiza Lamas de Barros, a central analisa os laudos que recebem dos pacientes. O laudo consiste no cadastro do paciente no software de Regulação Assistencial chamado SUSFácil. “Por meio do SUSFácil os operadores analisam para qual serviço de saúde o paciente poderá ser encaminhado”, explicou Ana Luiza.

São analisados cerca de 300 laudos diariamente pela Central de Regulação.

A Superintendência Regional de Saúde de Varginha (SRS), da qual fazem parte os 50 municípios da macrorregião de Saúde Sul, realizou, no dia 14/11, visitas a dois municípios da microrregião de Saúde de São Lourenço, para discussão de temas referentes à estruturação de serviços assistenciais. Com a participação do superintendente Luiz Paulo Riceputi Alcântara, foram realizadas reuniões junto às referências da saúde dos municípios, bem como com os prestadores.

No município de Itanhandu, a reunião teve como propósito tratar da possibilidade de realização de cirurgias bariátricas pelo Plano Estadual de Regulação de Filas de Cirurgias Eletivas (Perf), bem como da probabilidade de habilitação desse serviço na instituição. Segundo o Secretário de Saúde do município, Tiago Martins, as pautas discutidas denotam importante passo para o fortalecimento da saúde pública na região, tendo sido discutidos, em reunião estratégica com lideranças locais e profissionais de saúde, temas como a ampliação do acesso aos serviços de saúde, a melhoria da infraestrutura hospitalar e ambulatorial, o aumento da oferta de cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a integração das políticas públicas voltadas à saúde da população.

Ainda segundo o secretário municipal, a visita também permitiu o alinhamento de ações conjuntas entre o município de Itanhandu e a Regional de Varginha, elaborando estratégias para atender às demandas crescentes da população. “Por meio do empenho essencial da Regional junto aos municípios, pode-se reforçar o diálogo com as frentes municipais para a construção de um sistema de saúde mais eficiente, acessível e de qualidade”, pontuou Tiago. O diretor da Santa Casa de Itanhandu, Fernando Moura, esteve presente acompanhando as discussões, juntamente com os médicos Bruno Zilberstein e Flávio Mendes Mafra.

Segundo o superintendente Luiz Paulo Riceputi, a reunião visou avaliar a possibilidade de se estruturar mais um importante serviço na área de abrangência da SRS Varginha, as cirurgias bariátricas, procedimentos que podem ser executados através do Plano Estadual de Redução de Filas de Cirurgias Eletivas. “Busca-se, ainda, analisar a viabilidade de habilitação ministerial deste serviço em Itanhandu, a fim de atender aos 50 municípios que compõem a macro Sul”, destacou.

Além de Itanhandu, a SRS esteve, na mesma semana, no município de Aiuruoca, alinhando questões referentes, também, à rede assistencial. “Devido ao novo desenho sanitário vigente em Minas Gerais, a partir de 2 de janeiro deste ano, têm-se buscado reforçar as redes assistenciais nas novas macrorregiões de saúde do estado, visando a autossuficiência das mesmas e contribuindo para garantia da integralidade do cuidado ao usuário do SUS nos territórios sanitários”, concluiu o superintendente Luiz Paulo.

Numa iniciativa da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), 53 municípios que integram a área de atuação da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros iniciaram nesta segunda-feira, 18 de novembro, a implementação de várias ações para colocar em prática projeto voltado para a utilização de drones como suporte às ações de identificação de focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti em locais de difícil acesso. A proposta de trabalho, que contempla todas as regiões do estado, visa conter o aumento da transmissão das arboviroses (dengue, febre chikungunya e zika) no período sazonal que começa em outubro e prossegue até maio do ano seguinte.

No dia 14 de novembro, por meio de videoconferência, foi realizada reunião de alinhamento de informações sobre o projeto envolvendo gestores municipais de saúde, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde da SRS de Montes Claros e a empresa Aero Engenharia, que foi selecionada pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Alto Rio Pardo (Cisarp), para prestar serviços aos 53 municípios, no período de dois anos.

Já nesta segunda-feira, 18 de novembro, equipes técnicas dos municípios participaram de capacitação para a utilização do Programa Google Earth Pro, por meio do qual serão selecionadas as áreas prioritárias para o mapeamento de possíveis focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti.

“Estamos entusiasmados com a introdução de novas tecnologias nas ações de enfrentamento às arboviroses no Norte de Minas. Neste ano vivenciamos um dos períodos mais críticos de notificação de casos de arboviroses na região, incluindo a ocorrência de óbitos. Esperamos que, com o trabalho que os municípios já desenvolvem por meio dos Agentes de Controle de Endemias (ACEs), a utilização de drones na identificação de focos de proliferação do Aedes em locais de difícil acesso contribua de forma efetiva para reduzirmos a transmissão de doenças e, consequentemente, o número de óbitos”, frisou Agna Soares da Silva Menezes, coordenadora de Vigilância em Saúde da SRS Montes Claros, durante a reunião realizada no dia 14 de novembro.

Já o diretor executivo da Aero Engenharia, Cláudio Ribeiro, observou que “o enfrentamento às arboviroses tem se tornado um desafio para os gestores municipais e a introdução de novas tecnologias na identificação de focos de proliferação do Aedes aegypti constitui uma ferramenta a mais de apoio ao trabalho dos agentes de controle de endemias. Com a utilização de drones no mapeamento de áreas normalmente problemáticas com relação à transmissão de arboviroses, os gestores municipais vão aumentar a capacidade de resposta na eliminação de focos do mosquito”, prevê o diretor.

Por sua vez, Renato Mafra, diretor operacional da Aero Engenharia, observou que “a tecnologia dos drones amplifica a capacidade de resposta dos municípios na identificação de criadouros do mosquito em imóveis fechados; locais de difícil acesso; caixas d´água sem tampa e locais de acúmulo de lixo. Com dados mapeados e identificados por meio de vídeos e fotografias, os municípios passam a ter condições de planejar de forma consistente as ações e os locais onde devem ser concentrados os esforços para eliminação de focos de proliferação do Aedes aegypti. Além disso, a notificação dos proprietários dos imóveis será mais assertiva, por meio da comprovação da ocorrência de problemas por meio de fotos e vídeos”.

Já o secretário municipal de Saúde de Taiobeiras e representante do Cisarp, Marlon Cardoso, avaliou que “o momento é propício à utilização de drones na identificação de focos do Aedes aegypti no Norte de Minas, levando em conta o início do período das chuvas. Esperamos alcançar resultados positivos visto que, entre outubro e maio, enfrentamos o pior período epidêmico das arboviroses”.

Até quinta-feira, 21 de novembro, as secretarias municipais de saúde deverão enviar à Superintendências Regional de Saúde de Montes Claros os planos de trabalho para a implementação do projeto voltado para a utilização de drones como suporte às ações de identificação de focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti em locais de difícil acesso. A partir da análise dos planos por parte das coordenadorias de Vigilância Epidemiológica e de Saúde, as equipes técnicas da Aero Engenharia iniciarão o mapeamento das áreas indicadas pelos municípios.

O serviço
A Resolução 9.035, publicada em setembro de 2023 pela SES-MG, estabelece que os serviços ou empresas contratadas por municípios ou consórcios intermunicipais de saúde deverão, obrigatoriamente, ter capacidade técnica para atuação nas ações de combate ao Aedes aegypti, sendo capazes de executar o mapeamento de áreas, identificação e tratamento dos pontos de interesse (focos e potenciais criadouros do vetor) e fornecer painéis, programas ou sistemas que possibilitem aos usuários realizar o monitoramento e a avaliação da ação.

Entre outros requisitos, dentre os quais equipamentos adequados e específicos para as ações de mapeamento e tratamento de focos do mosquito, as empresas precisam ter autorizações de voos emitidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac); operar conforme legislações vigentes e comprovar a capacidade técnica de atendimento

Para a implementação do projeto no Norte de Minas a SES-MG está disponibilizando investimento superior a R$ 2,2 milhões. Por meio de consórcio intermunicipal de saúde para atender demandas de 53 municípios da SRS de Montes Claros o investimento previsto é da ordem de R$ 883,6 mil; outros R$ 477,9 mil são destinados a consórcio que atenderá 24 municípios da Gerência Regional de Saúde (GRS) de Januária; e R$ 304,7 mil é destinado a consórcio que atenderá sete municípios da GRS de Pirapora.

Montes Claros, por ter população superior a 100 mil habitantes está sendo contemplada com a disponibilização de R$ 479,3 mil para a contratação do serviço de drones para o enfrentamento às arboviroses. Já o município de Januária terá investimento de R$ 115,2 mil pelo critério populacional e de hectares urbanos.

A saúde do trabalhador foi tema de um seminário realizado pela Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Juiz de Fora e pelo Ministério Público do Trabalho nos dias 12 e 13/11, no auditório da Regional. O evento teve como foco a melhoria do funcionamento do Centro de Referência da Saúde do Trabalhador (Cerest) e da Vigilância em Saúde dos municípios do território.

O procurador do Ministério Público do Trabalho, Eliaquim Queiroz, abordou a importância da notificação de acidentes de trabalho para fins epidemiológicos. “É dever dos servidores públicos denunciar irregularidades encontradas durante as fiscalizações e também é importante ter otimismo para lidar com os desafios do trabalho na área de saúde do trabalhador”, recomendou.

Também foi destacado pelo procurador o caráter preventivo da Vigilância em Saúde. “É um contraste com o Ministério Público do Trabalho, que tem um enfoque punitivo”, observou.

A referência em Saúde do Trabalhador do município de Lima Duarte, Amanda Nascimento, abordou a resistência de profissionais em preencher o questionário de notificação e falta de qualidade para fazê-lo. O medo dos trabalhadores em relatar problemas de saúde por receio de perder o emprego também foi mencionado. “A gente busca intensificar a conscientização sobre a prevenção de acidentes e a promoção da saúde nas empresas. Mas o profissional precisa ter em mente que não relatar um problema de saúde pode piorar a saúde mental”, ressaltou.

Na programação do evento houve capacitação em notificação de doenças e agravos relacionados ao trabalho no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) para referências municipais e reunião com secretários municipais de saúde.

A referência técnica em Saúde do Trabalhador da Regional de Saúde de Juiz de Fora, Lidiane Silva Dutra, trouxe o panorama dos municípios da região. “Alguns dos desafios que os municípios enfrentam são a escassez de profissionais qualificados, rotatividade de profissionais como referências técnicas e sobrecarga de trabalho dos profissionais, o que prejudica o desenvolvimento de projetos a longo prazo”, observa Lidiane.

Entre 2021 e 2024, dos 37 municípios do território da Regional de Juiz de Fora, apenas Oliveira Fortes não registrou casos de acidente de trabalho. Em Juiz de Fora foram 1.893 casos e em São João Nepomuceno foram registrados 163. O terceiro colocado da lista é o município de Passa Vinte, com 105 notificações.

Os dados foram obtidos no Sistema de Informação por Agravo de Notificação e estão sujeitos a alterações.

A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Pouso Alegre participou, no período de 11 a 13 de novembro, do evento Integração em Foco com toda a equipe da rede SUS do município de Itajubá sobre a Assistência Farmacêutica Municipal e seus processos no Sistema Único de Saúde (SUS). O encontro foi promovido pela Prefeitura Municipal de Itajubá, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e Departamento de Assistência Farmacêutica, e visou apresentar os serviços farmacêuticos implantados no município, divulgar a atualização da relação municipal de medicamentos essenciais e os fluxos dos serviços assistenciais farmacêuticos disponíveis.

Segundo a farmacêutica coordenadora de assistência farmacêutica de Itajubá,Karina da Costa Sassi Bortoloti, o objetivo do encontro foi integrar estas ações com toda a equipe da rede SUS do município, garantindo assim a adesão e o acesso dos usuários em todas as atividades ofertadas pela Assistência Farmacêutica municipal e terapia medicamentosa, fortalecendo assim toda a Assistência Farmacêutica local.

Dezesseis municípios enviaram profissionais de saúde e farmacêuticos para o evento que, no total, contou com 300 participantes que incluíram também médicos, enfermeiros, farmacêuticos, dentistas, nutricionistas, assistente social, coordenadores da saúde, membros da comissão de farmácia e terapêutica, entre outros.

De acordo com o coordenador de Assistência Farmacêutica da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Pouso Alegre, Daniel Pereira, o evento Integração em Foco destacou-se pela oportunidade de multiplicação de conhecimento e de experiências, haja vista a participação de profissionais de outros municípios da região que poderão replicar as atividades desenvolvidas em Itajubá nas cidades onde atuam. “A iniciativa também fortalece a Assistência Farmacêutica no município, promovendo saúde e garantindo acesso à população aos medicamentos e insumos de forma racional por meio dos protocolos apresentados durante o evento", concluiu.

Foram abordados diversos temas de relevância municipal no Integração em Foco, iniciando pelos locais de atuação dos profissionais farmacêuticos no município, que somam 19 profissionais atuantes nas Farmácias de Minas, farmácias das Unidades de Saúde, Unidades Dispensadoras de Medicamentos do Centro de Apoio e Prevenção CAP/IST-Aids e Hepatites Virais, Vigilância Sanitária e Central de Abastecimento Farmacêutico.

Também estiveram na pauta a explicação dos Componentes da Assistência Farmacêutica, locais de acesso aos medicamentos, legislações farmacêuticas para as prescrições de medicamentos bem como a explicação de todos os protocolos de medicamentos e insumos padronizados no município, na qual conta também com protocolos de prescrição farmacêutica para medicamentos isentos de prescrição.

"A integração foi relevante para nortear e direcionar a implantação no nosso município com a apresentação da Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (Remume), dos Protocolos de Acesso aos medicamentos, bem como de Dispensação e Prescrição, porque irão garantir a padronização e a qualidade dos serviços ofertados”, pontuou Laís Carneiro, farmacêutica de Paraisópolis .

Farmácia de Minas em Itajubá
O município possui duas farmácias de Minas, sendo uma convencional e também uma Unidade Integrada que atua na Política de Descentralização da Assistência Farmacêutica, facilitando assim o acesso dos usuários aos medicamentos do Componente Especializado, sendo também um tema de grande relevância abordado.

Além disso, o município conta com uma Comissão de Farmácia e Terapêutica atuante desde 2017, contemplando também um dos assuntos desta integração, na qual se permitiu apresentar a atuação desta comissão e suas atribuições na assessoria da gestão municipal, bem como critérios de seleção de medicamentos no município.

Foi divulgada também a versão atualizada da Relação Municipal de Medicamentos Essenciais, criada nos moldes da Relação Nacional, cuja apresentação indica os medicamentos selecionados por ordem alfabética e também sua classificação por grupo terapêutico, locais de acesso, assim como a listagem detalhada de todas as inclusões, exclusões e alterações em relação à versão anterior. Trata-se de um importante documento norteador das prescrições no SUS no município que pode ser consultado no endereço eletrônico itajuba.mg.gov.br/remume

O município de Itajubá foi selecionado por meio do Edital SCTIE/MS nº 2/2019 para implantação do programa Farmácia Viva, instituído pelo Ministério da Saúde (MS), no âmbito do SUS, como um modelo de farmácia no contexto da Assistência Farmacêutica nacional. Esse modelo abrange todas as etapas, desde o cultivo, a coleta, o processamento, o armazenamento de plantas medicinais, a manipulação e a dispensação de preparações magistrais e oficinais. Assim, em fase final de implantação, distribuirá preparações extemporâneas, cremes e tinturas de plantas selecionadas para os usuários do SUS do município incorporando às ações que já existem como aquisição de fitoterápicos da Relação Nacional de Medicamentos (Rename).

Itajubá ainda conta com o apoio da Secretaria da Agricultura e da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), além de laboratório com manipulação própria e adequada às legislações. O programa é coordenado pela farmacêutica Gabriella Guimarães e está em fase final de implantação.

Rapaz, não deixe para amanhã o que pode ser feito por você hoje. Os cuidados com a saúde ao longo da história foram mudando conforme as necessidades humanas, trabalho, cultura e outros, transformando a maneira como homens e mulheres procuram se cuidar. Infelizmente, alguns estereótipos contribuem para que a população do sexo masculino nãofaça a prenveção.

Esta realidade se reflete no número de casos de câncer de próstata, a segunda doença que mais mata homens no mundo, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Isso acontece devido ao diagnóstico tardio, já que a doença é silenciosa ou os sintomas são ignorados. Em Uberlândia e região, entre os anos de 2019 a julho de 2024 foram diagnosticados 1.229 casos de câncer de próstata, segundo dados do Painel de Oncologia. Outro câncer que predomina no sexo masculino é o câncer de pulmão, na região, nos últimos seis anos, há registros de 192 casos.

Quando comparado ao número de óbitos, o câncer de próstata tem 497 mortes totalizadas, já o câncer de pulmão tirou a vida de 398 homens, entre os anos de 2019 a 2023, considerando os 18 municípios que pertencem à Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Uberlândia.

Segundo a referência técnica regional em Saúde do Homem, Maria Angélica Cintra Santos, é essencial fazer os exames de rotina atrelados à qualidade de vida para a redução de óbitos evitáveis. “A saúde do homem acaba ficando de lado. Além do preconceito, há o relato da falta de tempo para consultas e exames, como o Antígeno Prostático Específico (PSA). Muitas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) adotam o horário do trabalhador, ou seja, ficam abertas após as 17 horas em dias específicos do mês ou semana para atender este público”, disse a referência técnica.

Horário do Trabalhador
Em Araporã, no Triângulo Mineiro, as UBSs, uma vez ao mês, realizam atendimentos das 17 às 20 horas. Tornando rotina na cidade, a população que trabalha durante o dia, procura o atendimento nestes horários alternativos que são amplamente divulgados.

B. A. P., de 42 anos, é um dos homens que frequenta o horário do trabalhador e faz exames de rotina todos os anos. Ele comenta a necessidade de cuidar da saúde física e mental. “Além dos exames, mantenho o meu cartão de vacina atualizado, pois a prevenção é fundamental para envelhecer saudável”. Ele destaca ainda o atendimento multiprofissional nas Unidades de Saúde. “Realizar atendimento com os dentistas também é importante e com os psicólogos quando precisamos”, completou o arapoense.

Todo dia é dia de cuidar da saúde do homem
Além do trabalho, hobbies como assistir futebol, jogar videogames, amar carros, e outros, a saúde também deve se tornar prioridade na rotina masculina. Para a prevenção das doenças que afetam os homens é necessário: exames de rotina, vacinação em dia, manter hábitos saudáveis como alimentação, exercícios físicos e evitar consumo de tabaco e álcool.

A referência técnica regional em Saúde do Homem, Maria Angélica Cintra Santos, reitera que família, escolas, empresas e demais instituições devem mobilizar os homens para fazer o acompanhamento integral da saúde. “A campanha Novembro Azul é apenas em um mês do ano, no entanto, todo dia é dia de alertar todos os homens que estão à nossa volta para cuidar da saúde deles”, pontuou a referência técnica regional.

A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Passos, por meio da Coordenação de Redes de Atenção à Saúde (Cras), realizou, no dia 12/11, o I Seminário Regional de Prevenção do Câncer Bucal. O evento, que foi direcionado aos profissionais das equipes de saúde bucal da Atenção Primária à Saúde (APS) e dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO), trouxe temáticas que abordaram a prevenção, as condições que predispõem a pessoa ao câncer bucal, o manejo odontológico do paciente oncológico e as experiências exitosas preventivas realizadas pelos municípios.

O seminário foi realizado pela SRS Passos no auditório da Faculdade Atenas – campus de Passos -, com organização das referências em Saúde Bucal Eliene Marques da Rocha e Lenise Maria Amorelli. As palestras foram proferidas por referências técnicas da SRS Passos e dentistas especializados, com experiência clínica, cirúrgica e acadêmica.

A superintendente da SRS Passos, Kátia Rita Gonçalves, fez a abertura do seminário, chamando a atenção para o mês de novembro que é dedicado à conscientização, prevenção e diagnóstico precoce do câncer bucal. “Para inúmeras doenças, prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais no cuidado e tratamento, o que é ainda mais especial para o câncer bucal, em que a detecção ocorre muitas vezes de maneira tardia”, disse.

Kátia Gonçalves ainda observou que, com a identificação precoce da doença, as chances de cura são altas, permitindo tratamentos menos invasivos e melhores resultados para o paciente. “Portanto, a conscientização é imprescindível, uma vez que, com a maior divulgação de informações, maior é a possibilidade do paciente buscar acesso à rede de saúde”, conclui.

Sensibilização profissional
A realização do seminário foi orientação da Coordenação Estadual de Saúde Bucal da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), que, na SRS Passos, foi programada para celebrar o Novembro Vermelho, que é uma campanha nacional educativa e preventiva relacionada ao câncer bucal. “Nossa principal expectativa é de termos sensibilizado os profissionais odontológicos para um olhar voltado à prevenção e detecção precoce do câncer bucal”, disse Lenise Amorelli.

De acordo com Eliene Marques, a proposta do seminário foi a sensibilização e qualificação dos profissionais para a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de lábio e cavidade bucal e também para divulgar uma das ações para organização da rede de assistência. Essa rede está prevista na Deliberação CIB-SUS/MG (Comissão Intergestores Bipartite-Sistema Único de Saúde/Minas Gerais) de nº 4.923, de 11 de outubro de 2024, e na Resolução SES-MG 9.776/2024 que, respectivamente, aprova e define as regras de financiamento da Política Continuada dos Exames Anatomopatológicos e Citopatológicos na Linha do Cuidado das Lesões de Lábio e Cavidade Bucal (LLCB) da Rede de Atenção à Saúde Bucal do Estado de Minas Gerais (Rasb-MG).

Eliene Marques ressalta que a política continuada da LLCB, com a Rasb-MG, amplia e qualifica o acesso dos usuários ao diagnóstico precoce do câncer de boca. “Com a organização da rede de assistência, os profissionais das equipes de saúde bucal e gestores municipais de saúde terão o conhecimento do fluxo para o referenciamento dos pacientes, disse, observando que as microrregiões de saúde deverão pactuar a Grade de Referência da LLCB até maio de 2025.

Essa grade deve contemplar o local para oferta dos exames de biópsia, exames laboratoriais anatomopatológico e de citologia, tratamento para as LLCB neoplasias benignas, tratamento das LLCB neoplasias malignas na rede de alta complexidade e o local para a reabilitação protética para os pacientes com deformidades adquiridas por LLCB.

Os bancos de leite humano dos hospitais Aroldo Tourinho, sediado em Montes Claros, e do Hospital Municipal Senhora Santana, de Brasília de Minas, estão sendo contemplados neste final de ano com o repasse de R$ 120 mil destinados ao custeio das atividades implementadas no período de setembro a dezembro. Os recursos são provenientes do Ministério da Saúde (MS) e estão previstos na Portaria, 5.659, publicada no dia 7 de novembro.

Em Minas Gerais o valor do repasse equivalente a R$ 60 mil contempla 14 bancos de leite humano. Além de Montes Claros estão sendo beneficiadas instituições sediadas em Belo Horizonte, Betim, Itapeva, Juiz de Fora, Passos, Uberaba, Uberlândia, São José da Varginha e Viçosa.

Em todo o país o investimento no custeio de 231 bancos de leite humano é superior a R$ 13,8 milhões. Os valores são repassados às instituições em parcela única, com o objetivo de manter os serviços de assistência a bebês de mães com dificuldades para amamentar.

A referência técnica em Saúde da Mulher e da Criança na Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros, Ludmila Gonçalves Barbosa, lembra que, “por meio da Resolução 8.467, publicada no dia 17 de novembro de 2022, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) repassa recursos de custeio para os Bancos de Leite Humano (BLH) e Postos de Coleta de Leite Humano (PCLH) em todas as regiões do estado. No Norte de Minas, além dos hospitais Aroldo Tourinho e Senhora Santana, também são contemplados em Montes Claros a Santa Casa e os hospitais Universitário Clemente de Faria e das Clínicas Dr. Mário Ribeiro da Silveira; e o Hospital Dr. Moises Magalhães, sediado em Pirapora. O recurso é repassado quadrimestralmente a partir do monitoramento de indicadores”.

Benefícios
Ludmila Barbosa observa que entre os benefícios da amamentação está o fato de o leite materno ser um alimento completo em nutrientes, sendo os mais importantes os minerais, vitaminas, gordura e aminoácidos. Ele também contém nucleotídeos (que fornecem as bases para o DNA); carboidratos (que dão energia); fatores de crescimento (substâncias que auxiliam na maturação da mucosa intestinal); e fatores antimicrobianos (utilizados pelo sistema imunológico para identificar e neutralizar partículas estranhas).

O leite materno também, por ser rico em anticorpos, protege a criança de muitas doenças como diarreia, infecções respiratórias, alergias. Ainda diminui o risco de hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade. Por outro lado, sugar o peito é um excelente exercício para o desenvolvimento da face da criança; ajuda a ter dentes bonitos, a desenvolver a fala e a ter uma boa respiração.

O alimento também é rico em DHA, uma fração do ômega-3 que, entre outras funções, participa da formação de células nervosas, ao mesmo tempo em que facilita a comunicação entre elas. Entre os resultados estará um ótimo desenvolvimento cognitivo, facilitando a aprendizagem.

Para a mãe o aleitamento traz uma série de benefícios: reduz o peso mais rapidamente; diminui o risco de anemia, de diabetes e do desenvolvimento de câncer de mama e de ovário e pode ser um método natural para evitar uma nova gravidez.

Com a identificação de 939 casos positivos para o agravo em 48 municípios, os resultados do Projeto de Rastreamento da Doença de Chagas, por meio da realização de exames de Eletrocardiograma (ECG), foram apresentados no dia 5/11 aos gestores do Norte de Minas, pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). A iniciativa ocorreu durante a realização de reunião da Comissão Intergestores Bipartite do Sistema Único de Saúde (CIB-SUS).

No Norte de Minas o Projeto começou a ser implementado em abril de 2023 na microrregião de Saúde de Monte Azul e, no segundo semestre, contemplou cinco municípios da microrregião de Saúde Coração de Jesus. Já a partir de fevereiro de 2024 a iniciativa foi adotada por outras cinco microrregiões que integram a área de atuação da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros, que atuou na mobilização dos gestores para adesão à iniciativa.

O projeto, que é coordenado pelo Centro São Paulo-Minas Gerais para Tratamento da Doença de Chagas (SaMi-Trop), realiza, desde 2013, pesquisas envolvendo doenças negligenciadas. Além da Unimontes, os trabalhos envolvem profissionais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) e a Universidade de São Paulo (USP).

A doença de Chagas é transmitida por diferentes vias, sendo a vetorial a mais prevalente envolvendo espécies de triatomíneos, insetos chamados popularmente de barbeiros. Estima-se que, no mundo, entre 6 e 8 milhões de pessoas têm a doença e mais de 75 milhões moram em áreas de risco de contágio. Menos de 10% dos casos são diagnosticados precocemente e menos de 1% dos pacientes são tratados e acabam evoluindo para formas crônicas da doença, com comprometimento cardíaco e digestivo.

Ao apresentar os dados obtidos em sete microrregiões de saúde que integram a área de atuação da SRS, a professora Ariela Mota, que atua no Centro de Especialidades Ambulatoriais Tancredo Neves (Caetan), administrado pelo Hospital Universitário Clemente de Faria, sediado em Montes Claros, observou que “os indicadores de prevalência da doença de Chagas no Norte de Minas permanecem muito altos (40%), enquanto os índices em Minas Gerais são de 4%”. Na opinião da professora, “a situação exige uma atenção especial dos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) na identificação de pessoas com suspeitas de terem contraído a doença, bem como a realização de exames, acompanhamento e encaminhamento para tratamento especializado”.

Ainda segundo Ariela Mota, “apesar do Centro de Especialidades Ambulatoriais Tancredo Neves possuir uma força de trabalho limitada, os profissionais estão atuando para viabilizar que as pessoas diagnosticadas com Chagas tenham acesso a atendimento especializado. A fila de espera para a realização da primeira consulta no Centro de Especialidades é superior a mil pacientes, mas a prioridade de atendimento é para as pessoas diagnosticadas por meio do Projeto de Rastreamento”, observou a professora.

Os resultados dos exames realizados por meio do SaMi-Trop foram repassados para as secretarias municipais de saúde que deverão providenciar a busca ativa e o encaminhamento dos pacientes para atendimento no Caetan, sediado em prédio anexo ao Hospital Universitário Clemente de Faria.

O agendamento da consulta deve ser feito pelas secretarias municipais de saúde por meio do telefone (38) 9-9116-8346, após o município já ter viabilizado que o paciente obtenha resultado de exame de sorologia comprovada para a doença de Chagas com dois métodos IgG reagentes. Além disso, o município deverá emitir a ficha de encaminhamento do paciente e registrar o caso no sistema e-SUS Notifica.

Manejo adequado
Durante a reunião da CIB-SUS, realizada por videoconferência, o coordenador de Redes de Atenção à Saúde da SRS de Montes Claros, João Alves Pereira, observou que “os resultados dos trabalhos desenvolvidos pelo SaMi-Trop constituem um importante documento orientativo tanto para os municípios como para a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), visando a definição de ações para o enfrentamento da doença de Chagas no Norte de Minas”.

Por sua vez Dulce Pimenta, secretária municipal de Saúde de Montes Claros e presidente regional do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems), reforçou a necessidade do Norte de Minas ter uma atenção especial para o enfrentamento à doença de Chagas, “uma vez que sem diagnóstico e tratamento adequado muitos pacientes já chegam nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) numa situação de saúde grave, problema que poderia ser evitado”.

Novas metodologias
O Projeto de Rastreamento da Doença de Chagas, por meio de exames de eletrocardiograma, são financiados pelo National Institute of Health, um conglomerado de centros de pesquisa que formam a agência governamental de pesquisa biomédica do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, sediado em Bethesda, Maryland. Trata-se do maior centro de pesquisa biomédica do mundo.

Em Minas Gerais o projeto está previsto para ser implementado em 107 municípios sob jurisdição das Superintendências Regionais de Saúde de Montes Claros e Divinópolis.

O SaMi-Trop já publicou mais de 30 artigos científicos. Atualmente os pesquisadores pretendem aplicar os conhecimentos na identificação de metodologias e ferramentas que permitam aumentar o número de pacientes diagnosticados e a oferta de tratamento. Além disso, serão identificadas estratégias que possibilitem melhorar o acompanhamento dos pacientes e auxiliar na avaliação de novos candidatos a tratamento.

Para promover a atualização do cartão de vacinas de todas as crianças e adolescentes mineiros menores de 15 anos, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) realiza, entre os dias 4 e 29 de novembro, a campanha estadual de multivacinação Vacina Mais Minas Gerais. A iniciativa objetiva aumentar as coberturas vacinais para reduzir o risco de introdução ou disseminação de doenças imunopreveníveis no estado.

Todos os 31 municípios da Gerência Regional de Saúde de Ubá aderiram à estratégia e estão empreendendo ações no período, contando com 109 serviços especializados em imunização abertos nos horários normais, de segunda a sexta-feira, e com a programação especial do Dia D Estadual marcado para 23 de novembro (sábado). Confira os locais de horários do Dia D clicando aqui.

Disponibilidade de vacinas
Para a realização da campanha, a SES-MG reabasteceu os municípios e entre as vacinas disponibilizadas estão a tríplice viral, hepatite B, papilomavírus humano (HPV), hepatite A, rotavírus humano, meningocócica ACWY, meningocócica C, pneumocócica, pentavalente, febre amarela, poliomielite e covid. A vacina contra varicela, embora faça parte do calendário de rotina desse público, no momento não está disponível em Minas Gerais devido ao envio insuficiente de doses pelo Ministério da Saúde (MS), e a SES-MG aguarda nova remessa de doses do imunizante nos próximos meses.

Uma das vacinas que a SES-MG espera que tenha ampliação de cobertura é a da dengue. “Crianças de 10 a 14 anos são o público-alvo da vacina contra a dengue. Estamos nos aproximando do período endêmico e os pais e responsáveis precisam garantir proteção aos seus filhos, pois corresponde a uma faixa etária sensível para os agravos e sequelas da doença”, salientou Wallan McDonald, referência técnica em Imunização da Gerência Regional de Saúde (GRS) de Ubá.

Wallan destacou que um diferencial desta campanha de multivacinação é a participação das referências municipais de mobilização social, que contribuem reforçando a estratégia comunicacional. “Tenho recebido muitos feedbacks positivos dos municípios sobre essa aproximação com o setor de comunicação e mobilização social, pois precisam desse apoio para atingir um grande número de pessoas e conseguirem a adesão e, por consequência, um bom índice de cobertura vacinal”, disse Wallan.

Divulgação e planejamento
Thais Jabor, referência técnica em Imunização de Muriaé, explica como o município se prepara para a Campanha Estadual de Multivacinação. “Estamos em parceria com as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) reforçando a divulgação das datas e das informações relacionadas à campanha, inclusive por meio dos agentes comunitários de saúde”, contou Thais.

“Estivemos com ponto de vacinação no Dia D das arboviroses também, quando vacinamos contra a gripe, covid e dengue. Nosso objetivo é que pais, mães e responsáveis possam se organizar para trazer suas crianças e adolescentes ao centro de saúde que já está preparado para recebê-los”, reforça a enfermeira.